A análise do texto o modelo dos modelos de Italo Calvino,onde o autor busca construir um modelo confiável segundo a sua ideologia, para interpretar a vida e consequentemente justifica-la,mediante a dinâmica da vida,nos remete,as diversas concepções em que nós educadores nos deparamos em todo os tempos,no que se refere a interpretação que a escola faz do aluno com deficiência,o contexto deste alunos no seu cotidiano e as práticas pedagógicas. No que diz respeito,a educação especial,principalmente ao atendimento educacional especializado(AEE),o professor deve estar atento, para não se preocupar com aquilo que para o mesmo é o ideal para o aluno com deficiência levando em consideração as sua limitações em consequência de sua deficiência,mas percebê-lo com indivíduo capaz de construir a sua própria história, onde o professor do AEE,será aquele que oferece ao mesmo as ferramentas necessárias para facilitar o seu crescimento acadêmico e pessoal,eliminando as possíveis barreiras.Desta forma,a escola de modo geral deve estar aberta para refletir seus conceitos acerca da modalidade da educação especial,construindo e reconstruindo seus conceitos.
domingo, 29 de junho de 2014
sexta-feira, 13 de junho de 2014
PRANCHA DE COMUNICAÇÃO FIXA NA PAREDE PARA ALUNO COM AUTISMO
PRANCHA DE COMUNICAÇÃO FIXA NA
PAREDE
Através de imagens,o educador pode construir uma
prancha de comunicação fixa na parede,para facilitar a compreensão da rotina do
aluno com transtorno do espectro autista,em virtude da dificuldade que o mesmo tem
em lidar com situações novas,em que
muitas vezes leva o aluno a um grau elevado de ansiedade. O uso de uma rotina na sala de aula
comum através de imagens ajudaria ao aluno a antecipar e controlar seus
impulsos diante das atividades desenvolvidas no espaço escolar,como também
participar das mesmas,melhorando a sua capacidade de interação com o seu meio.A
prancha de comunicação pode ser construída junto ao aluno onde seriam escolhidas imagens por ele mediante sua identificação com as mesmas,esta seria uma
atividade desenvolvida na sala de recursos multifuncionais com ajuda do
professor do atendimento educacional especializado(AEE), em parceria com o
professor da sala de aula comum.O uso da comunicação alternativa,como a prancha
de comunicação fixa na parede entre outras,promove ao aluno uma via de
comunicação para a dinâmica da sala de aula comum e consequentemente com o
conhecimento escolar,contribuindo de maneira significativa na formação do
aprendiz.
Imagens retirada do blog:
http://almadeeducador.blogspot.com.br/2013/07/pedagogia-freinet-inclusiva-atual-e.html
domingo, 20 de abril de 2014
Surdocegueira e deficiência múltipla: A escola no contexto inclusivo
Surdocegueira
e deficiência múltipla: A escola no contexto inclusivo
“Em
cada um de nós há um segredo, uma paisagem interior com planícies
invioláveis,
vales de silêncio e paraísos secretos”.
Antoine
de Saint-Exupéry
Lindamar de Oliveira Silva
Surdocegueira
Surdocegueira
é uma deficiência única com características específicas em cada indivíduo. A
surdocegueira não é a somatória da surdez com a cegueira, como multas pessoas
pensam é uma condição que vai além das perdas sensoriais. Ela pode ser dividida
em quatro categorias:
·
Indivíduos que eram cegos
e se tornaram surdos;
·
Indivíduos que eram
surdos e se tornaram cegos;
·
Indivíduos que se
tornaram surdocegos;
·
Indivíduos que nasceram
ou adquiriram surdocegueira precocemente.
O aluno com surdocegueira e a escola
Nas
condições em que se encontra a maioria das escolas brasileira no que se refere
as estruturas físicas, qualificação profissional entre outras temáticas atuais,
falar sobre educação de pessoas com surdocegueira é um grande desafio. Desafio,
pois tendo em vista as velhas concepções de segregação das pessoas com deficiência
no espaço escolar, que mesmo sendo as politicas educacionais atuais diferentes
das passadas, ainda é forte esta concepção no espaço educativo. O individuo com
surdocegueira devido à combinação das suas perdas auditivas e visuais
apresentam dificuldades em observar, compreender e imitar as pessoas do seu
meio e para tanto se faz necessário na sala de aula, estratégias que possam
estabelecer a comunicação destas pessoas com o mundo exterior. O papel do professor
que está voltado para a aprendizagem do aluno com surdocegueira sem preconceito
mas, com um olhar para a inclusão, é imprescindível neste processo. Para tanto
ele deve repensar sobre a organização espacial da escola, a mobilidade destes alunos na sala de aula, a sinalização
em diferentes linguagens do espaço escolar, iluminação,incentivar e ensinar os alunos com
surdocegueira usar sua visão e audição residuais como também outros sentidos
existentes que possam contribuir para aquisição de informações para o seu
desenvolvimento, Os recursos pedagógicos significativos no processo de ensino e
aprendizagem se faz necessário,principalmente o uso da tecnologia assistiva na
adequação de materiais como:Objetos de referência das atividades,caixa de antecipação e calendários.
Deficiência múltipla
O indivíduo
com deficiência múltipla, apresenta comprometimento no seu desenvolvimento global
e adaptativo. Considera-se pessoa com deficiência múltiplas aquelas que têm
mais de uma deficiência associada (intelectual/visual/auditiva/física),com
comprometimento acentuado no seu cognitivo, associados as dificuldades motoras
e sensoriais(visão ou audição).
A
deficiência múltipla pode surgir no individuo nos períodos pré-natais, peri-natais
e pós-natais, necessitando de cuidados físico e médicos, emocionais e
educativas.
A escola comum e o aluno com
deficiência múltipla
A comunicação é de grande relevância para
a interação do ser humano. A pessoa com deficiência múltipla tem limitações nas
suas experiências com o mundo ao seu redor. Sendo a escola um espaço de
interação se faz necessário ela ter estratégias claras e objetivas para que a
comunicação possa ser prioridade no processo educativo deste aluno, através de
um currículo significativo e funcional. O posicionamento
é também algo indispensável no espaço escolar para os alunos com deficiência
múltipla, logo porque através de uma boa adequação postural, este aluno pode
fazer uso de gestos ou movimentos para se comunicar com os seus pares havendo
desta forma, a troca de saberes e a construção de novos, mediante as interações.
Para tanto, a comunicação aumentativa e alternativa pode ser de grande suporte
para o aluno no seu processo educativo, como também o uso da alta e baixa
tecnologia assistiva para as adequações de materiais pedagógicos utilizados
pelo aluno
REFERENCIAS
BOSCO, Ismênia
Carolina Mota Gomes. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: surdocegueira
e deficiência múltipla.
IKONOMIDIS,
Vula Maria. Deficiência múltipla sensorial
domingo, 16 de março de 2014
O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NO CONTEXTO BILÍNGUE
O ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO NO CONTEXTO BILÍNGUE
Para
compreender melhor a educação das pessoas com surdez, basta fazer uma viagem
pela sua história nas diversas sociedades e principalmente no contexto escolar
destas pessoas. As discussões e debates que ocorreram em diferentes épocas e
sociedades no que se refere ao oralismo puro e a posição gestualista. A pessoa
com surdez, consideradas por muitos como um indivíduo deficiente incapaz de
exercer as funções psicológicas, emocionais cognitivas e sociais ,passou por
muitas dificuldades durantes décadas,a verdadeira exclusão em todos os
sentidos,como deixa claro GRÉMION(1991) no seu artigo acerca da proposta bilíngue
de educação do surdo,onde relata que historicamente a surdez tem sido
considerada como uma enfermidade que deve ser curada. Partindo deste
pressuposto, muitos pais, logo que descobre que seu filho tem surdez, imediatamente
procura os centros de reabilitações e /ou clínicas para resolver o problema dos
seu filho, atrasando desta forma o processo de aprendizagem do mesmo, que
deveriam o mais rápido possível, está numa instituição de ensino. Pois sabe-se
que este atraso na aquisição das habilidades educacionais proporcionados pela
educação infantil, irá prejudicar a vida estudantil no decorrer da vida acadêmica
deste educando. Segundo GRÉMION,(1991 )a dificuldade do surdo em adquirir a
linguagem nos primeiros anos de vida, reflete em todo seu desenvolvimento mental,
emocional e na sua integração social. Mas, oque se pode perceber é que os
métodos oferecidos pelos educadores no espaço escolar, são métodos que não atendem
as especificidades deste educando. Desta forma, a escola apela para os
interpretes, em que muitas vezes, exercem o papel de professor tirando a
responsabilidade de quem verdadeiramente é responsável pela formação do aluno. Diante
desta realidade, a escola já discute métodos que eliminem as barreiras na
educação do aluno com surdez mediante as políticas para a educação destes
educandos e a proposta bilíngue tem sido motivo de discussão neste contexto.
”A
proposta bilíngue não privilegia uma língua, mas quer dar direito e condições
ao indivíduo surdo de poder utilizar duas línguas; Portanto, não se trata de negação
mas respeito;o indivíduo escolherá a língua que irá utilizar em cada situação
linguística em que se encontra”. (GRÉMION 1991).
Diante
desta proposta, o aluno com surdez, terá a oportunidade de conviver num ambiente
em que estejam presentes a língua oral escrita e a língua de sinais, reconhecendo
que o mesmo vive num mundo bilíngue. A língua de sinais como sua primeira
língua e a língua oral a segunda língua.
O
atendimento educacional especializado, tem o seu papel fundamental no processo
educacional do aluno com surdez na proposta bilíngue.
“O
AEE PS, na perspectiva inclusiva, estabelece como ponto de partida a compreensão
e reconhecimento do potencial a das capacidades desse ser humano, vislumbrando
o deu pleno desenvolvimento e aprendizagem. As diferenças desses alunos serão
respeitadas, considerando a obrigatoriedade dos dispositivos legais, que
determinam o direito de uma educação bilíngue, em que Libras e Língua
portuguesa escrita constituam línguas de instrução no desenvolvimento de todo o
processo educativo”(DAMÁZIO 2000).
Desta forma, a autora destaca três momentos
didáticos- pedagógicos nas ações do profissional do aee importantes para o desenvolvimento
do aluno com surdez: O atendimento educacional em libras, onde o profissional
do aee, acompanha o conteúdo curricular todos os dias do aluno com surdez; O
atendimento educacional especializado para o ensino da língua portuguesa-
escrita, ensinado por uma professora, preferencialmente formada em letras para
o desenvolvimento da competência linguística. O atendimento educacional especializado
para o ensino de Libras em que este profissional deva ser qualificado para ministrar
as aulas. Diante disto, percebe-se a
necessidade de um olhar especial de como estes atendimentos estão sendo
realizados nos espaços escolares e quais
as condições em que as escolas se encontram atualmente para se fazer cumprir os
direitos deste aluno, mediante a sua especificidade no seu processo educativo.
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